top of page
  • Facebook ícone social
  • Twitter
  • Instagram
  • YouTube
  • WhatsApp-icon

ARTIGO: 01 DE MAIO E A VOLTA AO SÉCULO XIX

  • Foto do escritor: Nilto Tatto
    Nilto Tatto
  • 1 de mai. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de mai. de 2024


Ilustração: Wikimedia Commons

Historicamente, todas as conquistas no universo laboral foram resultado de mobilização social. As melhores condições de trabalho e renda; a redução da carga horária; a garantia de férias e do 13o salário; o acesso ao fundo de garantia e à aposentadoria, por exemplo, demandaram organização e luta de trabalhadoras e trabalhadores pelo mundo todo ao longo de muitos anos.


Neste sentido, o dia 01 de maio não é apenas um momento de celebração, mas uma ocasião importante para reforçar a importância da mobilização de todas as categorias por direitos. A data remete ao movimento grevista de Chicago (EUA), no final do século XIX. A paralisação que reivindicava a redução da jornada de trabalho de 12 para 8 horas diárias, mobilizaria mais de 300 mil operários naquele País, culminando na extrema violência do Estado e na morte de trabalhadores.


A partir desta e de outras manifestações que ganhavam corpo pelo mundo, o 1 de Maio passou a ser reconhecido internacionalmente como Dia do Trabalhador. No Brasil, mesmo depois da implementação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), foi necessária muita disposição de diversas categorias, de professores a metalúrgicos, bancários e servidores públicos, entre tantos outros que lutaram por direitos. Não é preciso nem dizer a importância que o movimento sindical teve em todos esses processos.


Hoje, com o aumento da precarização do trabalho e o enfraquecimento dos sindicatos, diversas categorias estão fragilizadas, super-exploradas e mal remuneradas, sem qualquer garantia ou proteção, enfrentando também dificuldades, quando não a impossibilidade, de organização e luta. É o caso, por exemplo, dos motoristas de aplicativo, responsáveis não apenas pela prestação do serviço, mas por todo o custo operacional e de equipamentos envolvidos. Se ficam doentes ou o carro quebra, não tem garantias, como não tem f'érias, 13o ou seguro médico.


A desregulamentação da atividade de motorista, como de qualquer outra atividade laboral, é sempre benéfica para o patrão e, na mesma medida, prejudicial para o empregado. A forma como essa relação será regulamentada, no entanto, vai demandar muita organização, conscientização e luta dos trabalhadores, do contrário seria como voltar ao século XIX.

Comments


LOGO OFICIAL.png

BRASÍLIA - Câmara dos Deputados - Praça dos Três Poderes | Anexo IV / Gab. 502

CEP: 70160-900 | Brasília - DF | Fone: (61) 3215-5502

SÃO PAULO -  Escritório político - Rua Major Sertório, 200 Conj. 402 - Vila Buarque

CEP: 01222-001 | São Paulo - SP |  Fone: 11 3129-7492 

E-mail: dep.niltotatto@camara.leg.br    |      contato@niltotatto.com.br

bottom of page