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Artigo: JARAGUÁ RESISTE

  • Foto do escritor: Nilto Tatto
    Nilto Tatto
  • 10 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de jun. de 2020

Sob novos ataques, aldeias que habitam a região do Jaraguá, em São Paulo, resistem, mas precisam de todo nosso apoio para evitar que sua cultura e suas vidas não sigam ameaçadas. Em 2016, o projeto do governo Alckmin que privatizava os Parques Estaduais, foi aprovado, sem consultar povos tradicionais que os habitam, entre eles os indígenas Guarani, Guarani MBya e Guarani Ñandeva, da Terra Indígena Jaraguá. Em 2020, uma obra da construtora Tenda pode trazer graves impactos à biodiversidade e aos indígenas da região.


Para construir um conjunto de seis edifícios, abrigando cerca de 800 moradores, a construtora derrubou pelo menos 500 árvores há apenas 300 metros da aldeia Tekoa Pyau, que faz parte daquela que já é a menor Terra Indígena do Brasil, localizada próxima ao Pico do Jaraguá. Os Guarani Mbya, que ali habitam, alegam que a Tenda não realizou nenhum estudo de impacto socioambiental do empreendimento na comunidade, o que contraria um decreto do Ibama.


É evidente que um projeto como este jamais poderia ser implementado tão próximo à um território indígena. Ambientalistas e gestores públicos no mundo todo entendem que é necessário haver uma faixa de transição, entre uma área de preservação e o início de uma ocupação vertical tão densa. Segundo os Guarani, quando o projeto estiver concluído, “será um monte de brancos olhando para nós de cima de seus prédios”. Um tipo de invasão, ou monitoramento, que obviamente violenta as tradições e cultura destes povos.


De acordo com Thiago Henrique Karai Jekupe, o impacto desta obra será definitivo. “Vai significar a extinção de um de nossos núcleos e do nosso modo de vida. Não existe compensação para isso, você vai acabar com famílias e com nossa ancestralidade”, afirma o líder Guarani. É por isso que no último sábado, indígenas, apoiados por ambientalistas, parlamentares, artistas e militantes realizaram um grande encontro, em defesa de seu território. Defender estes povos, afinal, é garantir a sobrevivência destes homens e mulheres, além de uma cultura ancestral que ainda resiste.


Artigo publicado pelo Deputado Federal Nilto Tatto no jornal Gazeta de São Paulo edição de 10/03/2020


* Nilto Tatto é deputado federal pelo PT de São Paulo. Foi presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados e coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara.

 
 
 

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