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ARTIGO: SILVESTRE NÃO É PET

Foto do escritor: Nilto TattoNilto Tatto

 

Silvestre não é pet
Ameaçado de extinção, mico leão dourado é um dos preferidos dos contrabandistas Foto: Haroldo Palo Jr./AMLD

O Brasil é um dos países com a maior diversidade de fauna silvestre do mundo. Essa riqueza, no entanto, desperta a cobiça de contrabandistas, responsáveis pelo comércio ilegal de ao menos 38 milhões de animais todos os anos. Segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), de cada 10 animais contrabandeados, apenas 1 sobrevive.

 

São 3 os principais destinos para os animais vítimas do contrabando (embora existam outros): colecionadores particulares e zoológicos; revenda de lojistas e para fins científicos (biopirataria). Entre as principais espécies contrabandeadas para atender à demanda de colecionadores particulares e zoológicos, figuram pássaros como a arara-azul-de-lear, o mico-leão-dourado e a jaguatirica, todos na lista de espécies ameaçadas de extinção.

 

Isso significa que o contrabando de silvestres além de se configurar como uma grave ameaça à saúde destes indivíduos, também coloca em risco a sua própria existência enquanto espécie, com reflexos indiscutíveis sobre o equilíbrio socioambiental. Jiboias; tartarugas; pássaros como tucanos, araras, periquitos e pequenos macacos como o sagui, figuram entre os mais traficados como pets, mas, como animais silvestres que são, têm necessidades específicas que não podem ser atendidas em um ambiente doméstico.

 

O confinamento e a privação do animal de seu habitat natural resultam em estresse, problemas de saúde e comportamentos inadequados, comprometendo seu bem-estar físico e psicológico. Além disso, o convívio com grupos da mesma espécie é essencial para seu próprio desenvolvimento - privados disso, esses indivíduos desenvolvem doenças mentais, se tornando ainda mais agressivos e levando muitos a óbito.

 

Ao contrário dos cães e gatos, os animais silvestres não passaram por um processo de domesticação - que pode levar milhares de anos. Mesmo aqueles que nasceram em cativeiro ainda mantêm as características de um animal selvagem, que pertence à natureza e não a uma casa ou apartamento. Tratar animais como mercadoria demonstra a desconexão do ser humano com as outras espécies que coabitam o planeta. Vamos respeitar a vida e recuperar nossa humanidade: silvestre não é pet. 

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