SBT NEWS: Deputados governistas trabalham para organizar um relatório alternativo na CPI do MST
CPI do MST
Comissão de inquérito
ou palanque para os
setores mais atrasados
do agronegócio?
Cobertura da CPI do MST na mídia
Como ambientalista e defensor dos direitos sociais, sei da importância fundamental do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) na luta pela democratização do acesso à terra, pelo fortalecimento da agricultura familiar, pela produção de alimentos orgânicos e saudáveis e pela preservação do meio ambiente. Por este motivo, parte significativa do meu trabalho parlamentar tem sido dedicada à promoção de políticas públicas que fortaleçam a agricultura familiar e garantam a sustentabilidade no campo.
A criação da CPI do MST tem gerado preocupação dos movimentos sociais do campo e da cidade, de parlamentares progressistas, de entidades de classe, da academia, da imprensa não corporativa e dos ambientalistas. Há receios legítimos de que essa comissão esteja sendo utilizada como uma ferramenta institucional para reforçar preconceitos, criminalizar o MST e outros movimentos sociais e favorecer diretamente os interesses de uma parcela predatória do agronegócio, em detrimento da agricultura familiar e da reforma agrária.
A CPI do MST é sobre
o grave crime de
produzir alimentos
saudáveis em uma
sociedade que
cultiva a doença.
Precisamos estar vigilantes e atentos ao modus operandi e aos desdobramentos dessa CPI. É fundamental que a Comissão atue de maniera isenta, imparcial, transparente e que leve em consideração também os impactos sociais e ambientais do agronegócio, apesar de sua composição majoritariamente ligada à Frente Parlamentar da Agropecuária. Por esse motivo, precisamos garantir que as vozes dos trabalhadores rurais também sejam ouvidas e que suas demandas sejam tratadas com respeito e justiça.
No final de maio, foi realizada uma diligência oficial, por membros da CPI, incluindo o presidente da comissão, deputado Zucco (Republicanos-RS) e o relator, deputado Ricardo Salles (PL-SP), na região do Pontal do Paranapanema, (oeste de São Paulo). Diversos acampamentos e assentamentos foram visitados. Eu estive nesta comitiva e tenho que ressaltar que nenhum dos lotes visitados tinha relação com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Durante a visita, parte da comitiva composta por oito deputados federais, assessores e policiais, adentrou sem autorização prévia dos moradores, áreas que foram ocupadas no início deste ano por integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). É preocupante o fato do presidente da CPI do MST, deputado Zucco e o relator Ricardo Salles, terem forçado a entrada, sem autorização, nas habitações de integrantes destas ocupações. Essa ação evidencia a falta de respeito à direitos constitucionais e a parcialidade da CPI do MST.
Como deputado e membro desta CPI, estou comprometido em lutar pelos direitos dos agricultores familiares, por uma reforma agrária popular, pela produção de alimentos saudáveis e pela preservação do meio ambiente. Junto com outros parlamentares do PT e demais partidos aliados, estou empenhado em defender o MST da sanha da bancada ruralista e destes setores mais atrasados do agronegócio.
Convido você a se unir a nós nessa caminhada. É fundamental pressionar todos os deputados e representantes políticos envolvidos na Comissão, manifestando seu apoio à Agricultura Familiar e à Reforma Agrária Popular.
Devemos trabalhar juntos para
garantir que as políticas agrícolas
e agrárias do nosso país sejam
pautadas pela justiça social, pela
segurança alimentar e pela
sustentabilidade.
Lembre-se: quem alimenta o Brasil é a Agricultura Familiar, que produz alimentos saudáveis de forma sustentável e livre de agrotóxicos. É nosso dever apoiar e valorizar os esforços do MST e dos demais movimentos sociais que trabalham em prol da justiça social e da sustentabilidade.
Vamos continuar lutando por um Brasil onde a Agricultura Familiar seja reconhecida e respeitada, contribuindo para uma sociedade igualitária e sustentável. Junte-se a nós nessa causa e vamos construir um futuro melhor.
Veja abaixo a lista de integrantes da CPI do MST:
Presidente: Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS)
Relator: Ricardo Salles (PL-SP)
Primeiro vice-presidente: Kim Kataguiri (União-SP)
Segundo vice-presidente: Delegado Fabio Costa (PP-AL)
Terceiro vice-presidente: Evair Vieira de Mello (PP-ES)
Integrantes:
Alfredo Gaspar (União-AL)
Ana Paula Leão (PP-MG)
Capitão Alden (PL-BA)
Caroline De Toni (PL-SC)
Charles Fernandes (PSD-BA)
Daiana Santos (PCdoB-RS)
Delegado Éder Mauro (PL-PA)
Domingos Sávio (PL-MG)
Dr. Victor Linhalis (Pode-ES)
Hercílio Coelho Diniz (MBD-MG)
Lucas Redecker (PSDB-RS)
Magda Mofatto (PL-GO)
Max Lemos (PDT-RJ)
Messias Donato (Republicanos-ES)
Nicoletti (União-RR)
Nilto Tatto (PT-SP)
Padre João (PT-MG)
Paulão (PT-AL)
Renilce Nicodemos (MDB-PA)
Sâmia Bomfim (Psol-SP)
Valmir Assunção (PT-BA)
Suplentes:
Alceu Moreira (MDB-RS)
Camila Jara (PT-MS)
Clarissa Tércio (PP-PE)
Coronal Assis (União-MT)
Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
Delegada Katarina (PSD-SE)
Diego Garcia (Republicanos-PR)
Dr. Frederico (Patriota-MG)
Geovania de Sá (PSDB-SC)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Gustavo Gayer (PL-GO)
Joaquim Passarinho (PL-PA)
João Daniel (PT-SE)
Marcon (PT-RS)
Marcos Pollon (PL-MS)
Rafael Simões (União-MG)
Rodolfo Nogueira (PL-MS)
Talíria Petrone (Psol-RJ)
Tião Medeiros (PP-PR)