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ARTIGO: A MENTIRA DO VENENO SEGURO CAIU

  • Foto do escritor: Nilto Tatto
    Nilto Tatto
  • há 28 minutos
  • 2 min de leitura

Matéria da Repórter Brasil destaca a retirada do artigo que minimizava os riscos carcinogênicos do Glifosato
Matéria da Repórter Brasil destaca a retirada do artigo que minimizava os riscos carcinogênicos do Glifosato

Um estudo que por 25 anos atestou a “segurança” do agrotóxico glifosato acaba de ser “despublicado”. A medida revela mais do que a mera fragilidade de uma pesquisa: expõe a covardia de um modelo agrícola baseado no latifúndio, na monocultura e no uso intensivo de agrotóxicos. O artigo foi usado por muitos anos para justificar decisões regulatórias no Brasil e no mundo, mas teve que ser retirado após a descoberta de conflitos de interesse, manipulação de dados e influência direta da empresa fabricante.


Esse caso confirma o que nós estamos denunciando há décadas: a captura da ciência e da política pelos setores mais atrasados do agronegócio. O glifosato, presente em centenas de produtos, tornou-se o símbolo desse sistema que coloca o lucro acima da vida. Seus riscos à saúde (como câncer, distúrbios hormonais e danos neurológicos) são conhecidos e fartamente documentados. Além disso, o Glifosato provoca contaminação do solo e da água, leva a perda de biodiversidade e impactos profundos sobre ecossistemas inteiros.


Os problemas causados pelo uso intensivo deste, como de outros agrotóxicos, vão além do produto em si: trata-se de uma lógica de produção que concentra terras, elimina a diversidade de cultivos e transforma o campo em plataforma de exportação de commodities. A combinação entre latifúndio, monocultura e agrotóxicos gera dependência, desigualdade e devastação. Enquanto poucos acumulam riquezas, trabalhadores rurais, povos tradicionais e consumidores pagam a conta com sua saúde e seus territórios.


A despublicação do estudo sobre o glifosato apenas escancara como esse modelo se sustenta: com pesquisas tendenciosas financiadas por empresas, pressões sobre órgãos reguladores e achaque de parlamentares para que atuem em defesa de interesses privados e mesquinhos. Para quebrar este ciclo, é urgente fortalecer a ciência independente, revisar aprovações baseadas em evidências frágeis, apoiar a agroecologia e a agricultura familiar. Defender a vida, a água e o alimento saudável é defender o futuro do País, conforme previsto na Constituição. A mentira do “veneno seguro” caiu - agora cabe a nós construir um novo caminho.


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