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ARTIGO: Governo para quem?


Foto: André Ribeiro/Futura Press

Durante sua campanha ao governo de São Paulo, Tarcisio de Freitas se comprometeu a acabar com a população em situação de rua, em especial na capital: “Será a primeira coisa que farei quando assumir o cargo”, disse à época. Apesar de ter sido empossado há mais de 6 meses, Tarcísio ainda não deu sinais de que está sequer interessado em cumprir o que prometeu, mas o contrário: cerca de 52 mil pessoas vivem nas ruas da capital paulista, uma alta de 8,2% em comparação com novembro de 2022.

Cuidar das pessoas?

A falta de conexão entre as promessas e a gestão efetiva do atual governador, no entanto, não acabam por aqui. Ao tomar posse, Freitas reafirmou que colocaria a população paulista como prioridade: “Eu diria que, em primeiro lugar, nós vamos cuidar das pessoas. O esforço todo do secretariado agora está em resolver problemas”, dizia orgulhoso o bolsonarista. Tal qual seu padrinho político, no entanto, não demorou para que a máscara do Tarcísio caísse. “Nós temos ainda uma situação para resolver, de déficit de professores, e redução de filas para cirurgia eletivas e para exames”, acrescentou o ex-ministro da infra-estrutura mais ineficiente da história recente do Brasil.

Ao invés de abrir concursos e trabalhar pela valorização dos profissionais da Educação, conforme prometido, a gestão Tarcísio deve fechar aproximadamente 300 salas de aula em todo o Estado, que sofrem cada vez mais com o sucateamento e a superlotação. Segundo dados da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo), apenas 9 das 35 regiões do Estado não serão atingidas pela medida. Na saúde, a situação é igualmente alarmante, com filas para cirurgias, atendimentos atrasados e pessoas morrendo sem um leito hospitalar.

Zelar pelo patrimônio público?

Se o zelo com as pessoas não passa de retórica, com a coisa pública não é diferente - basta ver a liquidação de terras que o governo Tarcisio encampou, se aproveitando de uma Lei cuja constitucionalidade foi questionada pela AGU no Supremo, que permitiria a venda desses imóveis com descontos. Ao todo, os ativos em questão estão avaliados em R$ 64 milhões, mas o total dos descontos previstos soma R$ 50 milhões, quase 80% do valor total. É assim que o governador pretende cuidar do nosso Estado? Entregando o patrimônio do povo paulista a preço de banana?


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