
Nesta semana protocolamos mais um PL que vai dar o que falar, proibindo a criação e venda de cães de focinho curto. O PL 433/24 pode parecer uma medida preconceituosa e estranha, mas visa evitar o sofrimento destes animais, uma vez que o cruzamento de cães com focinhos cada vez mais curtos levou a várias transformações físicas das raças e prejudicou sua saúde e condições de vida.
Para algumas raças, por exemplo, significou o desenvolvimento de problemas respiratórios mais graves e complexos, a chamada Síndrome Braquicefálica, que afeta as vias respiratórias e envolve, entre outras anormalidades, a redução dos orifícios nasais e o desenvolvimento incompleto da traqueia, órgão do sistema respiratório responsável por filtrar, umedecer e conduzir o ar aos pulmões.
Outro problema é o palato mole prolongado (continuação do céu da boca), que “vibra” durante a respiração do animal, produzindo um barulho que lembra um ronco, levando à dificuldade para respirar. O maxilar superior desses animais é recuado, os dentes não têm espaço e acabam crescendo em ângulos diferentes, podendo causar doenças dentárias.
Por terem um crânio mais curto, os olhos costumam ser arregalados e as pálpebras não os envolvem completamente, de modo que muitos destes cães têm olho seco e baixa produção lacrimal.
Os cães braquicefálicos não arquejam eficientemente e estão mais propensos a superaquecer. Os cães não transpiram como os humanos e arquejar é o que lhes permite resfriar e manter em nível adequado a temperatura do corpo.
Outros sintomas da síndrome são:
- aerofagia (deglutição de ar),
- tosse,
- espirro reverso,
- engasgos,
- tentativa de vômito,
- intolerância ao exercício e
- até desmaios.
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