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  • Foto do escritorNilto Tatto

ARTIGO: TEMPO DE FAZER HISTÓRIA

Publicado originalmente em Gazeta de São Paulo em 30/06/2020


Para erradicar a pobreza e as desigualdades, especialmente numa conjuntura pós-pandemia, é fundamental ter conhecimento sobre suas causas; planejar formas de enfrentá-las e ter metodologia, além de planos de curto, médio e longo prazo. O Brasil já teve muito êxito neste enfrentamento, mas os retrocessos recentes garantem que é preciso ir além do que já fizemos. É preciso uma transformação estrutural na nossa forma de ser, de estar e de atuar no planeta.



Esta nova existência está diretamente ligada com a forma com a qual nos relacionamos com o meio-ambiente, afinal, não adianta mirar avanços se eles não forem sustentáveis. Do contrário, estaremos sempre correndo atrás do prejuízo. Para erradicar definitivamente a pobreza e promover a vida digna para todos, dentro dos limites dos recursos do planeta, em 2015 as Nações Unidas elaboraram um conjunto de propostas que se tornaram os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.


Estes objetivos fazem parte da Agenda 2030, que tem como um dos seus pilares o princípio da cooperação. Se tivermos a clareza de que não existe uma solução individual para problemas coletivos, como a pandemia que atravessamos, fica mais fácil entender que todos os temas relativos à vida coletiva devem ser trabalhados em conjunto com todas as esferas da sociedade. Trata-se de uma integração, não apenas de indivíduos, povos, entidades e associações mas também de empresas e governos, seja na dimensão ambiental, econômica ou social já que estas lutas são interdependentes.


De partida, precisamos reconhecer a importância central dos indígenas, quilombolas e das populações tradicionais, considerado evidentemente as particularidades de cada uma. Estes povos nos mostram generosamente que é possível viver em harmonia com o ambiente, exalando cultura, saúde, igualdade, respeito e liberdade, mas fundamentalmente a sustentabilidade. Desprezar estes ensinamentos é tentar construir o futuro ignorando o passado e o presente, que é de fato o tempo em que se faz a história.

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