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  • Foto do escritorNilto Tatto

ARTIGO: O MAIS AGUARDADO NA COP27



O ainda presidente da República, Jair Bolsonaro, se irritou com a confirmação da presença do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, na COP27, evento que reúne chefes de Estado do mundo todo para discutir a agenda ambiental. Lula foi convidado pelo governo do Egito, País sede do encontro e se tornou, para desespero de Bolsonaro, a figura mais aguardada do evento.

Não é para menos: quando governou o Brasil, Lula demarcou terras indígenas e unidades de conservação; combateu a grilagem, o garimpo e foi o grande responsável pela diminuição das queimadas e dos índices de desmatamento ilegal no País. O sistema de monitoramento de queimadas em florestas tropicais, por exemplo, desenvolvido à época, foi considerado um dos mais avançados do mundo. Bolsonaro, por outro lado, não fez nada da agenda ambiental, sendo rigorosamente ignorado nos poucos encontros internacionais aos quais foi convidado e compareceu.

Por estes e muitos outros motivos, o simples resultado das urnas, apontando a vitória de Lula na disputa presidencial, fez a Alemanha e a Noruega anunciarem quase imediatamente a retomada do aporte de recursos ao Fundo Amazônia. O financiamento das intervenções necessárias para atingir as metas adotadas por cada País para enfrentar as Emergências Climáticas, é justamente a pauta principal desta edição da COP.

Lula sabe a relevância desta pauta para a manutenção da vida no Planeta e talvez seja o único líder global capaz de assumir seus compromissos, como chefe da nação que possui boa parte da sociobiodiversidade do mundo e ao mesmo tempo cobrar os Países desenvolvidos, dentro do conceito de “responsabilidade comum, mas diferenciada”, consagrado na Rio-92.

Como ambientalista e representante do Congresso, estou na COP desde a abertura e fico aqui até o dia 13, para acompanhar as discussões temáticas e participar dos encontros com acadêmicos, cientistas e movimentos sociais organizados do Brasil e do Mundo. A comitiva do presidente Lula chega no dia 14, na segunda semana do evento que deve se estender até o dia 18. Pessoas próximas ao atual presidente afirmam que, com a presença de Lula, Bolsonaro sequer viajará para o Egito.

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