Foi no momento mais crítico da pandemia no Brasil, que Lula deu o exemplo de como deve ser o comportamento de um chefe de Estado. Após ter as condenações da Lava Jato anuladas pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, o ex-presidente concedeu uma coletiva de imprensa em que se solidarizou com os familiares e amigos das vítimas da COVID19, mostrando preocupação com o povo brasileiro, que julgou estar sofrendo muito mais do que ele próprio tem sofrido com a perseguição política, a prisão ilegal e a criminalização do seu partido.
O que destacou o perfil estadista de Luis Inácio Lula da Silva, no entanto, não foi apenas seu discurso, mas as ações que tem tomado para auxiliar o País a enfrentar a pandemia. Há aproximadamente 3 meses, o ex-presidente se reuniu com o diretor de um fundo de investimentos russo, que financia a produção de vacinas, para tratar da aquisição do imunizante pelo Brasil. O fundo já negociava vacinas para o Estado do Paraná e Lula aproveitou para dar o pontapé nas negociações com um consórcio de Estados do Nordeste.
Lula também interveio junto ao presidente chinês, Xi Jinping quando a China atrasou o envio de insumos para a fabricação das vacinas. A repercussão dos atos republicanos e proativos de Lula, além de seu discurso arrebatador, foram suficientes para o presidente Bolsonaro se sentir ameaçado, mudando, à partir de então, sua postura negacionista e passando a defender o uso da máscaras, a vacinação e o distanciamento social. Tamanho foi o impacto no executivo que o terceiro ministro a ocupar a pasta da Saúde no governo, Eduardo Pazuello, chegou a pedir demissão.
Por outro lado, a volta de Lula ao jogo político obrigou outros partidos a se movimentarem, pensando em 2022. As pesquisas de intenção de votos para as próximas eleições mostram o petista novamente como favorito à presidência da República. O PSOL cogitou abrir mão da candidatura para apoiar Lula, mas o ex-presidente não quer falar de eleições, pelo menos não no momento. Suas energias, garante, estão voltadas ao enfrentamento da pandemia. Imaginem se fosse presidente!
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