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ARTIGO: Porque a COP da verdade?

  • Foto do escritor: Nilto Tatto
    Nilto Tatto
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura

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O discurso do presidente Lula na abertura da COP30, em Belém, marca um momento histórico na diplomacia climática. Ao afirmar que “esta será a COP da verdade”, Lula lembra que as mudanças climáticas não são uma ameaça futura, mas uma tragédia presente, com vemos todos os dias em várias partes do mundo. O presidente brasileiro e anfitrião da COP30 defendeu metas mais ambiciosas no Acordo de Paris, com financiamento climático, transferência de tecnologia e mecanismos de adaptação para os países mais vulneráveis.


Um dos pontos memoráveis de Lula foi quando chamou atenção dos países que promovem guerras pelo mundo e do seu orçamento militar bilionário, quando estes mesmos relutam em aportar recursos bem mais modestos para enfrentar a maior crise do nosso tempo. Lula propôs ainda uma governança global mais forte, sugerindo inclusive um Conselho do Clima na ONU, capaz de transformar promessas em ações concretas. O presidente reforçou ainda que a emergência climática é, antes de tudo, uma crise de desigualdade: o Sul global e os povos tradicionais sofrem os impactos mais duros, embora sejam os que menos contribuíram para o aquecimento do planeta.


Pela primeira vez, a conferência ocorre na região amazônica, lar de milhões de pessoas e centenas de povos indígenas. Para Lula, realizar o evento no Sul global é reconhecer que a floresta em pé deve gerar prosperidade e oportunidades sustentáveis, com protagonismo das comunidades locais.


O anfitrião da COP 30 ressaltou que os povos do campo, das águas e das florestas precisam ser ouvidos, pois são guardiões do equilíbrio climático. Citando o xamã yanomami Davi Kopenawa, lembrou que “a serenidade da floresta deve inspirar clareza de pensamento”. 

A própria escolha da cidade sede do maior evento multilateral da ONU, no coração da Amazônia, é um símbolo do compromisso brasileiro com a floresta e seus povos. Em Belém, Lula uniu urgência, justiça e esperança: urgência para agir; justiça para colocar o Sul global e os povos tradicionais no centro das decisões e esperança de que, no coração da Amazônia, o mundo reencontre o caminho para um futuro justo e sustentável.

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