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Foto do escritorNilto Tatto

Artigo: Um alerta ao mundo


Planeta terra e relogios
Hora do Planeta Getty Images

Como de costume em todas as edições da Assembleia Geral da

Organização das Nações Unidas, coube ao Brasil o discurso de abertura do

evento, representado pelo presidente Lula. Cumprindo o papel que

historicamente desempenhou de influenciador dos rumos globais, Lula fez

um discurso muito aplaudido e que trouxe uma série de mensagens que a

comunidade internacional precisa escutar e refletir.


Sobre a situação do Brasil, Lula destacou o trabalho importante que tem

sido feito para retirar as pessoas do mapa da fome. Desde o início do seu

governo, 24,4 milhões de brasileiros saíram da condição de insegurança

alimentar severa. Em relação às queimadas, não terceirizou

responsabilidades. Afirmou que o Governo Federal liderará os esforços

para combate-las, sem ceder um milímetro ao garimpo ilegal e ao crime

organizado que tem atuado para provocar pânico social e destruir o Meio

Ambiente.


O ponto alto da participação de Lula na Assembleia foi a sequência de

posições enfáticas contra as guerras em andamento no mundo e por

reformas no sistema de governança global representado pela ONU. Uma

frase chamou a atenção da plateia dos 190 países presentes: “O direito de

defesa virou direito de vingança”. A comunidade internacional precisa

entender isso e se levantar contra genocídios travestidos de autodefesa!


A Carta de fundação da ONU, de 80 anos atrás e que ainda reflete ecos

coloniais, precisa ser reformulada e Lula defendeu isso com vigor. Criticou

o fato de nunca uma mulher ter sido nomeada secretária-geral da

entidade. Pediu mudanças no Conselho de Segurança da ONU, incluindo

países da América do Sul e da África, e a transformação do Conselho de

Desenvolvimento do órgão como o principal fórum decisório rumo a um


mundo mais sustentável. Lula fez uma provocação oportuna. Será que

vamos esperar uma nova guerra mundial para construir sobre seus

escombros uma nova ordem de governança?


Mantendo a tradição de décadas da política externa brasileira, Lula

mostrou sua vocação de estadista ao propor soluções globais e

cooperativas para tornar o planeta um lugar melhor para todos. Que sua

voz seja um marco de novos tempos.

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